Verbos transitivos diretos são verbos que indicam que o sujeito pratica a ação descrita, que é sofrida por outro elemento, denominado objeto direto.
Literalmente, o sujeito age sobre um objeto: João trancou a porta / Pedro ingeriu o sanduíche / Paulo chamou Helena.
Esses verbos são os únicos que admitem a oração na voz passiva (quando o sujeito sofre a ação dos objetos: A porta foi trancada por João / O sanduíche foi ingerido por Pedro / Helena foi chamada por Paulo).
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
Veja exemplos abaixo; para informações mais detalhadas, por favor, veja este outro artigo nosso sobre o assunto.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
terça-feira, 17 de julho de 2018
O que é Analfomegabetismo?
Um amigo meu deu-me a dica desta palavra esdrúxula, esse neologismo caetanoso (de Caetano Veloso), que é auto-explicativo e também esclarecido pelo próprio compositor poeta na própria letra da música:
O analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
O analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Justamente
Que também significa
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Justamente
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Justamente
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa que que
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa
Deus é quem decide a minha sorte
Que também significa, Deus
Deus é quem decide a minha sorte
**
Se você não entendeu nada, vamos recapitular: alfa é a primeira letra do alfabeto grego (jônico) e ômega é a última; assim, analfomegabetismo é um analfabetismo total e absoluto, do princípio ao fim, ainda mais com o 'mega' no meio, ou seja, um analfabetismo completo e gigante!
Soma, no caso acima, refere-se ao corpo físico, o organismo (do termo grego sôma), em oposição ao psíquico, que indica a psique, mente ou alma; e pneumático está relacionado a ar (ou aparelho que funciona pela pressão do ar).
Desta feita, como eu disse antes, um verso explica exatamente isso "Que eu não sei de nada sobre a morte", ou seja, uma ignorância completa sobre o funcionamento da entidade humana composta de psique e soma (mente e corpo), e do ar que a faz viver neste planeta.
Por isso o poeta compositor ou compositor poeta entrega tudo nas mãos de Deus, embora se diga também ateu, e ainda seja utilizado como símbolo do ateísmo. Valha-me Deus!
Mas tudo bem, Caetano não deixa de ser divino e maravilhoso só porque se acha às vezes ateu. Afinal, quem é Caetano pode 'djavanear' à vontade.
Ah, antes que eu me esqueça, já que você leu a letra, ouça a música:
Alfomega
O analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
O analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Justamente
Que também significa
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Justamente
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Justamente
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa que que
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa
Deus é quem decide minha sorte
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
o analfomegabetismo
Somatopsicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa
Deus é quem decide a minha sorte
Que também significa, Deus
Deus é quem decide a minha sorte
**
Se você não entendeu nada, vamos recapitular: alfa é a primeira letra do alfabeto grego (jônico) e ômega é a última; assim, analfomegabetismo é um analfabetismo total e absoluto, do princípio ao fim, ainda mais com o 'mega' no meio, ou seja, um analfabetismo completo e gigante!
Soma, no caso acima, refere-se ao corpo físico, o organismo (do termo grego sôma), em oposição ao psíquico, que indica a psique, mente ou alma; e pneumático está relacionado a ar (ou aparelho que funciona pela pressão do ar).
Desta feita, como eu disse antes, um verso explica exatamente isso "Que eu não sei de nada sobre a morte", ou seja, uma ignorância completa sobre o funcionamento da entidade humana composta de psique e soma (mente e corpo), e do ar que a faz viver neste planeta.
Por isso o poeta compositor ou compositor poeta entrega tudo nas mãos de Deus, embora se diga também ateu, e ainda seja utilizado como símbolo do ateísmo. Valha-me Deus!
Mas tudo bem, Caetano não deixa de ser divino e maravilhoso só porque se acha às vezes ateu. Afinal, quem é Caetano pode 'djavanear' à vontade.
Ah, antes que eu me esqueça, já que você leu a letra, ouça a música:
domingo, 15 de julho de 2018
Conjugação do verbo dar
O verbo dar é de paradigma irregular.
Sua formas nominais são:
infinitivo > dar;
gerúndio > dando;
particípio > dado.
Confira abaixo a conjugação do verbo dar.
Ele é conjugado da seguinte forma:
Presente do Indicativo
eu dou
tu dás
ele dá
nós damos
vós dais
eles dão
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu dava
tu davas
ele dava
nós dávamos
vós dáveis
eles davam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu dei
tu deste
ele deu
nós demos
vós destes
eles deram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu dera
tu deras
ele dera
nós déramos
vós déreis
eles deram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu daria
tu darias
ele daria
nós daríamos
vós daríeis
eles dariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu darei
tu darás
ele dará
nós daremos
vós dareis
eles darão
Presente do Subjuntivo
que eu dê
que tu dês
que ele dê
que nós demos
que vós deis
que eles dêem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu desse
se tu desses
se ele desse
se nós déssemos
se vós désseis
se eles dessem
Futuro do Subjuntivo
quando eu der
quando tu deres
quando ele der
quando nós dermos
quando vós derdes
quando eles derem
Imperativo Afirmativo
dá tu
dê ele
demos nós
dai vós
dêem eles
Imperativo Negativo
não dês tu
não dê ele
não demos nós
não deis vós
não dêem eles
Infinitivo Pessoal
por dar eu
por dares tu
por dar ele
por darmos nós
por dardes vós
por darem eles
Sua formas nominais são:
infinitivo > dar;
gerúndio > dando;
particípio > dado.
Confira abaixo a conjugação do verbo dar.
Ele é conjugado da seguinte forma:
Presente do Indicativo
eu dou
tu dás
ele dá
nós damos
vós dais
eles dão
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu dava
tu davas
ele dava
nós dávamos
vós dáveis
eles davam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu dei
tu deste
ele deu
nós demos
vós destes
eles deram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu dera
tu deras
ele dera
nós déramos
vós déreis
eles deram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu daria
tu darias
ele daria
nós daríamos
vós daríeis
eles dariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu darei
tu darás
ele dará
nós daremos
vós dareis
eles darão
Presente do Subjuntivo
que eu dê
que tu dês
que ele dê
que nós demos
que vós deis
que eles dêem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu desse
se tu desses
se ele desse
se nós déssemos
se vós désseis
se eles dessem
Futuro do Subjuntivo
quando eu der
quando tu deres
quando ele der
quando nós dermos
quando vós derdes
quando eles derem
Imperativo Afirmativo
dá tu
dê ele
demos nós
dai vós
dêem eles
Imperativo Negativo
não dês tu
não dê ele
não demos nós
não deis vós
não dêem eles
Infinitivo Pessoal
por dar eu
por dares tu
por dar ele
por darmos nós
por dardes vós
por darem eles
quarta-feira, 20 de junho de 2018
Hipônimos e Hiperônimos
Em termos de semântica lingüística os hiperônimos são termos mais gerais que podem ser usados para referenciar uma realidade de termos mais específicos, os hipônimos.
Para ficar mais fácil de entender a diferença entre um e outro, e a sua correlação, é melhor pensarmos em termos de exemplos.
Para ficar mais fácil de entender a diferença entre um e outro, e a sua correlação, é melhor pensarmos em termos de exemplos.
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Pode-se brincar com o lúdico?
Vi esta chamada para um artigo no UOL e fiquei me perguntando: pode-se realmente brincar com o lúdico?
É claro que a minha pergunta se refere à redundância, já que brincar é divertir-se, fazer brincadeiras, recrear. E lúdico significa o que é típico das brincadeiras, do que é recreativo.
Por isso, 'brincar com o lúdico' é como dizer que você vai 'jogar jogos'.
Se vamos jogar, está implícito que iremos brincar utilizando jogos, e a menos que usemos um objeto específico ou mencionemos um esporte em particular, como jogar bola, dados, cartas, ou jogar basquete, futebol, video-game, etc, não precisaremos repetir o mesmo termo na frase.
Assim, “brincar com o lúdico” é repetição excessiva de informações.
É como dizer: voar no ar, nadar na água, comer com a boca, beijar com os lábios, e os já consagrados 'subir pra cima' e 'descer pra baixo'.
Ufa!
E hoje ainda é 06 de janeiro.
Desejem-me sorte, por favor, pois às vezes ler é mais difícil que escrever.
***
Observação: e eu quase deixei passar "o aniversário ... brincou com o clima lúdico" no tal artigo!
Desde quando aniversário brinca? Aniversário virou sujeito animado agora? Não havia pessoas fazendo isso?
Pausa para reflexão:
não faço essa crítica por mera falta de paciência. Após muitos anos estudando e escrevendo sobre português e lecionando inglês, noto que há uma lacuna em nosso idioma no que toca o ensino da voz ativa e passiva, o que não falta no inglês.
É preciso ensinar aos nossos patrícios, e por isso o faço aqui, que quando nos referimos a uma ação, é necessário ter em mente o agente dela, que será o sujeito da oração que a descreve, e que será o agente da passiva quando essa oração estiver nessa forma.
Portanto, não é tão simples tornar seres ou atos inanimados em animados, pois quando eles se tornam agentes da passiva, a frase pode se transformar numa coisa sem pé nem cabeça.
Que tal: "o clima lúdico foi brincado pelo aniversário"?
No aprendizado da língua inglesa, aprender a pensar sobre o sujeito da oração, o praticante da ação, é fundamental, para que coisas que não tem vida própria não pratiquem atos irreais. Vamos deixar essas coisas para a imaginação dos escritores, que tem criatividade bastante para inventar esse tipo de ficção.
O afã de enfeitar demais um texto pode acabar provocando o efeito oposto.
Como diz o ditado, 'cada um na sua', 'cada macaco no seu galho', etc.
É claro que a minha pergunta se refere à redundância, já que brincar é divertir-se, fazer brincadeiras, recrear. E lúdico significa o que é típico das brincadeiras, do que é recreativo.
Por isso, 'brincar com o lúdico' é como dizer que você vai 'jogar jogos'.
Se vamos jogar, está implícito que iremos brincar utilizando jogos, e a menos que usemos um objeto específico ou mencionemos um esporte em particular, como jogar bola, dados, cartas, ou jogar basquete, futebol, video-game, etc, não precisaremos repetir o mesmo termo na frase.
Assim, “brincar com o lúdico” é repetição excessiva de informações.
É como dizer: voar no ar, nadar na água, comer com a boca, beijar com os lábios, e os já consagrados 'subir pra cima' e 'descer pra baixo'.
Ufa!
E hoje ainda é 06 de janeiro.
Desejem-me sorte, por favor, pois às vezes ler é mais difícil que escrever.
***
Observação: e eu quase deixei passar "o aniversário ... brincou com o clima lúdico" no tal artigo!
Desde quando aniversário brinca? Aniversário virou sujeito animado agora? Não havia pessoas fazendo isso?
Pausa para reflexão:
não faço essa crítica por mera falta de paciência. Após muitos anos estudando e escrevendo sobre português e lecionando inglês, noto que há uma lacuna em nosso idioma no que toca o ensino da voz ativa e passiva, o que não falta no inglês.
É preciso ensinar aos nossos patrícios, e por isso o faço aqui, que quando nos referimos a uma ação, é necessário ter em mente o agente dela, que será o sujeito da oração que a descreve, e que será o agente da passiva quando essa oração estiver nessa forma.
Portanto, não é tão simples tornar seres ou atos inanimados em animados, pois quando eles se tornam agentes da passiva, a frase pode se transformar numa coisa sem pé nem cabeça.
Que tal: "o clima lúdico foi brincado pelo aniversário"?
No aprendizado da língua inglesa, aprender a pensar sobre o sujeito da oração, o praticante da ação, é fundamental, para que coisas que não tem vida própria não pratiquem atos irreais. Vamos deixar essas coisas para a imaginação dos escritores, que tem criatividade bastante para inventar esse tipo de ficção.
O afã de enfeitar demais um texto pode acabar provocando o efeito oposto.
Como diz o ditado, 'cada um na sua', 'cada macaco no seu galho', etc.
domingo, 20 de maio de 2018
Conjugação do verbo irregular progredir
Como citei o verbo progredir em outro artigo, por ter uma forma irregular, tenho que colocar sua conjugação aqui como referência.
Vejamos então as formas desse verbo: o infinitivo é progredir; o gerúndio é progredindo; e o particípio é progredido.
Seguem as formas verbais:
Presente do Indicativo
eu progrido
tu progrides
ele progride
nós progredimos
vós progredis
eles progridem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu progredia
tu progredias
ele progredia
nós progredíamos
vós progredíeis
eles progrediam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu progredi
tu progrediste
ele progrediu
nós progredimos
vós progredistes
eles progrediram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu progredira
tu progrediras
ele progredira
nós progredíramos
vós progredíreis
eles progrediram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu progrediria
tu progredirias
ele progrediria
nós progrediríamos
vós progrediríeis
eles progrediriam
Futuro do Presente do Indicativo
eu progredirei
tu progredirás
ele progredirá
nós progrediremos
vós progredireis
eles progredirão
Presente do Subjuntivo
que eu progrida
que tu progridas
que ele progrida
que nós progridamos
que vós progridais
que eles progridam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu progredisse
se tu progredisses
se ele progredisse
se nós progredíssemos
se vós progredísseis
se eles progredissem
Futuro do Subjuntivo
quando eu progredir
quando tu progredires
quando ele progredir
quando nós progredirmos
quando vós progredirdes
quando eles progredirem
Imperativo Afirmativo
progride tu
progrida ele
progridamos nós
progredi vós
progridam eles
Imperativo Negativo
não progridas tu
não progrida ele
não progridamos nós
não progridais vós
não progridam eles
Infinitivo Pessoal
por progredir eu
por progredires tu
por progredir ele
por progredirmos nós
por progredirdes vós
por progredirem eles
Vejamos então as formas desse verbo: o infinitivo é progredir; o gerúndio é progredindo; e o particípio é progredido.
Seguem as formas verbais:
Presente do Indicativo
eu progrido
tu progrides
ele progride
nós progredimos
vós progredis
eles progridem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu progredia
tu progredias
ele progredia
nós progredíamos
vós progredíeis
eles progrediam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu progredi
tu progrediste
ele progrediu
nós progredimos
vós progredistes
eles progrediram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu progredira
tu progrediras
ele progredira
nós progredíramos
vós progredíreis
eles progrediram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu progrediria
tu progredirias
ele progrediria
nós progrediríamos
vós progrediríeis
eles progrediriam
Futuro do Presente do Indicativo
eu progredirei
tu progredirás
ele progredirá
nós progrediremos
vós progredireis
eles progredirão
Presente do Subjuntivo
que eu progrida
que tu progridas
que ele progrida
que nós progridamos
que vós progridais
que eles progridam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu progredisse
se tu progredisses
se ele progredisse
se nós progredíssemos
se vós progredísseis
se eles progredissem
Futuro do Subjuntivo
quando eu progredir
quando tu progredires
quando ele progredir
quando nós progredirmos
quando vós progredirdes
quando eles progredirem
Imperativo Afirmativo
progride tu
progrida ele
progridamos nós
progredi vós
progridam eles
Imperativo Negativo
não progridas tu
não progrida ele
não progridamos nós
não progridais vós
não progridam eles
Infinitivo Pessoal
por progredir eu
por progredires tu
por progredir ele
por progredirmos nós
por progredirdes vós
por progredirem eles
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Conjugação do verbo prevenir
Lendo as notícias de um portal na internet, vi uma chamada de artigo sobre cárie e como “previni-la”. Meus olhos e ouvidos alertaram-me para a dissonância visual e fônica do verbo e fui conferir sua conjugação. E eu estava certo, pois o correto é preveni-la, conforme pode ser visto abaixo (aliás, pela própria forma do verbo no infinitivo: prevenir).
O verbo prevenir segue o padrão de conjugação do verbo progredir, que é irregular. Veja outros verbos que seguem este padrão: agredir, cerzir, denegrir, regredir, transgredir.
As formas nominais são: infinitivo: prevenir; gerúndio: prevenindo; particípio: prevenido.
Presente do Indicativo
eu previno
tu prevines
ele previne
nós prevenimos
vós prevenis
eles previnem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu prevenia
tu prevenias
ele prevenia
nós preveníamos
vós preveníeis
eles preveniam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu preveni
tu preveniste
ele preveniu
nós prevenimos
vós prevenistes
eles preveniram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu prevenira
tu preveniras
ele prevenira
nós preveníramos
vós preveníreis
eles preveniram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu preveniria
tu prevenirias
ele preveniria
nós preveniríamos
vós preveniríeis
eles preveniriam
Futuro do Presente do Indicativo
eu prevenirei
tu prevenirás
ele prevenirá
nós preveniremos
vós prevenireis
eles prevenirão
Presente do Subjuntivo
que eu previna
que tu previnas
que ele previna
que nós previnamos
que vós previnais
que eles previnam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu prevenisse
se tu prevenisses
se ele prevenisse
se nós preveníssemos
se vós prevenísseis
se eles prevenissem
Futuro do Subjuntivo
quando eu prevenir
quando tu prevenires
quando ele prevenir
quando nós prevenirmos
quando vós prevenirdes
quando eles prevenirem
Imperativo Afirmativo
previne tu
previna ele
previnamos nós
preveni vós
previnam eles
Imperativo Negativo
não previnas tu
não previna ele
não previnamos nós
não previnais vós
não previnam eles
Infinitivo Pessoal
por prevenir eu
por prevenires tu
por prevenir ele
por prevenirmos nós
por prevenirdes vós
por prevenirem eles
O verbo prevenir segue o padrão de conjugação do verbo progredir, que é irregular. Veja outros verbos que seguem este padrão: agredir, cerzir, denegrir, regredir, transgredir.
As formas nominais são: infinitivo: prevenir; gerúndio: prevenindo; particípio: prevenido.
Presente do Indicativo
eu previno
tu prevines
ele previne
nós prevenimos
vós prevenis
eles previnem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu prevenia
tu prevenias
ele prevenia
nós preveníamos
vós preveníeis
eles preveniam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu preveni
tu preveniste
ele preveniu
nós prevenimos
vós prevenistes
eles preveniram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu prevenira
tu preveniras
ele prevenira
nós preveníramos
vós preveníreis
eles preveniram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu preveniria
tu prevenirias
ele preveniria
nós preveniríamos
vós preveniríeis
eles preveniriam
Futuro do Presente do Indicativo
eu prevenirei
tu prevenirás
ele prevenirá
nós preveniremos
vós prevenireis
eles prevenirão
Presente do Subjuntivo
que eu previna
que tu previnas
que ele previna
que nós previnamos
que vós previnais
que eles previnam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu prevenisse
se tu prevenisses
se ele prevenisse
se nós preveníssemos
se vós prevenísseis
se eles prevenissem
Futuro do Subjuntivo
quando eu prevenir
quando tu prevenires
quando ele prevenir
quando nós prevenirmos
quando vós prevenirdes
quando eles prevenirem
Imperativo Afirmativo
previne tu
previna ele
previnamos nós
preveni vós
previnam eles
Imperativo Negativo
não previnas tu
não previna ele
não previnamos nós
não previnais vós
não previnam eles
Infinitivo Pessoal
por prevenir eu
por prevenires tu
por prevenir ele
por prevenirmos nós
por prevenirdes vós
por prevenirem eles
sábado, 5 de maio de 2018
Um pouco da história de Aurélio Buarque de Holanda
Vai ser lançada uma nova edição do dicionário Aurélio, de Aurélio Buarque de Holanda, no ano do centenário de seu nascimento (1910).
O filólogo, professor e crítico alagoano publicou também outras obras além do dicionário: contos, ensaios e vocabulário ortográfico.
Veja artigo sobre o autor e a nova edição do Aurélio, que inclui palavras comuns ao nosso tempo, como tuitar, blogar, e-book, nerd e balada, e já está adaptado ao novo acordo ortográfico.
***
E uma homenagem a ele do programa Sala de Notícias:
O filólogo, professor e crítico alagoano publicou também outras obras além do dicionário: contos, ensaios e vocabulário ortográfico.
Veja artigo sobre o autor e a nova edição do Aurélio, que inclui palavras comuns ao nosso tempo, como tuitar, blogar, e-book, nerd e balada, e já está adaptado ao novo acordo ortográfico.
***
E uma homenagem a ele do programa Sala de Notícias:
domingo, 29 de abril de 2018
Conjugação dos verbos plagiar e piratear
Como estes dois verbos estão na moda, e ás vezes dúvidas podem surgir quanto ao seu uso, coloco aqui as duas conjugações, caso alguém precise.
Verbo plagiar, cujas formas nominais são: o infinitivo: plagiar; o gerúndio: plagiando e o particípio: plagiado.
Vejamos as formas verbais conjugadas:
Presente do Indicativo
eu plagio
tu plagias
ele plagia
nós plagiamos
vós plagiais
eles plagiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu plagiava
tu plagiavas
ele plagiava
nós plagiávamos
vós plagiáveis
eles plagiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu plagiei
tu plagiaste
ele plagiou
nós plagiamos
vós plagiastes
eles plagiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu plagiara
tu plagiaras
ele plagiara
nós plagiáramos
vós plagiáreis
eles plagiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu plagiaria
tu plagiarias
ele plagiaria
nós plagiaríamos
vós plagiaríeis
eles plagiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu plagiarei
tu plagiarás
ele plagiará
nós plagiaremos
vós plagiareis
eles plagiarão
Presente do Subjuntivo
que eu plagie
que tu plagies
que ele plagie
que nós plagiemos
que vós plagieis
que eles plagiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu plagiasse
se tu plagiasses
se ele plagiasse
se nós plagiássemos
se vós plagiásseis
se eles plagiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu plagiar
quando tu plagiares
quando ele plagiar
quando nós plagiarmos
quando vós plagiardes
quando eles plagiarem
Imperativo Afirmativo
plagia tu
plagie ele
plagiemos nós
plagiai vós
plagiem eles
Imperativo Negativo
não plagies tu
não plagie ele
não plagiemos nós
não plagieis vós
não plagiem eles
Infinitivo Pessoal
por plagiar eu
por plagiares tu
por plagiar ele
por plagiarmos nós
por plagiardes vós
por plagiarem eles
***
Conjugação do verbo piratear, cujas formas nominais são: o infinitivo: piratear; o gerúndio: pirateando; e o particípio: pirateado.
Veja as formas verbais em seus respectivos tempos:
Presente do Indicativo
eu pirateio
tu pirateias
ele pirateia
nós pirateamos
vós pirateais
eles pirateiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu pirateava
tu pirateavas
ele pirateava
nós pirateávamos
vós pirateáveis
eles pirateavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu pirateei
tu pirateaste
ele pirateou
nós pirateamos
vós pirateastes
eles piratearam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu pirateara
tu piratearas
ele pirateara
nós pirateáramos
vós pirateáreis
eles piratearam
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu piratearia
tu piratearias
ele piratearia
nós piratearíamos
vós piratearíeis
eles pirateariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu piratearei
tu piratearás
ele pirateará
nós piratearemos
vós pirateareis
eles piratearão
Presente do Subjuntivo
que eu pirateie
que tu pirateies
que ele pirateie
que nós pirateemos
que vós pirateeis
que eles pirateiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu pirateasse
se tu pirateasses
se ele pirateasse
se nós pirateássemos
se vós pirateásseis
se eles pirateassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu piratear
quando tu pirateares
quando ele piratear
quando nós piratearmos
quando vós pirateardes
quando eles piratearem
Imperativo Afirmativo
pirateia tu
pirateie ele
pirateemos nós
pirateai vós
pirateiem eles
Imperativo Negativo
não pirateies tu
não pirateie ele
não pirateemos nós
não pirateeis vós
não pirateiem eles
Infinitivo Pessoal
por piratear eu
por pirateares tu
por piratear ele
por piratearmos nós
por pirateardes vós
por piratearem eles
Verbo plagiar, cujas formas nominais são: o infinitivo: plagiar; o gerúndio: plagiando e o particípio: plagiado.
Vejamos as formas verbais conjugadas:
Presente do Indicativo
eu plagio
tu plagias
ele plagia
nós plagiamos
vós plagiais
eles plagiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu plagiava
tu plagiavas
ele plagiava
nós plagiávamos
vós plagiáveis
eles plagiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu plagiei
tu plagiaste
ele plagiou
nós plagiamos
vós plagiastes
eles plagiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu plagiara
tu plagiaras
ele plagiara
nós plagiáramos
vós plagiáreis
eles plagiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu plagiaria
tu plagiarias
ele plagiaria
nós plagiaríamos
vós plagiaríeis
eles plagiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu plagiarei
tu plagiarás
ele plagiará
nós plagiaremos
vós plagiareis
eles plagiarão
Presente do Subjuntivo
que eu plagie
que tu plagies
que ele plagie
que nós plagiemos
que vós plagieis
que eles plagiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu plagiasse
se tu plagiasses
se ele plagiasse
se nós plagiássemos
se vós plagiásseis
se eles plagiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu plagiar
quando tu plagiares
quando ele plagiar
quando nós plagiarmos
quando vós plagiardes
quando eles plagiarem
Imperativo Afirmativo
plagia tu
plagie ele
plagiemos nós
plagiai vós
plagiem eles
Imperativo Negativo
não plagies tu
não plagie ele
não plagiemos nós
não plagieis vós
não plagiem eles
Infinitivo Pessoal
por plagiar eu
por plagiares tu
por plagiar ele
por plagiarmos nós
por plagiardes vós
por plagiarem eles
***
Conjugação do verbo piratear, cujas formas nominais são: o infinitivo: piratear; o gerúndio: pirateando; e o particípio: pirateado.
Veja as formas verbais em seus respectivos tempos:
Presente do Indicativo
eu pirateio
tu pirateias
ele pirateia
nós pirateamos
vós pirateais
eles pirateiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu pirateava
tu pirateavas
ele pirateava
nós pirateávamos
vós pirateáveis
eles pirateavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu pirateei
tu pirateaste
ele pirateou
nós pirateamos
vós pirateastes
eles piratearam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu pirateara
tu piratearas
ele pirateara
nós pirateáramos
vós pirateáreis
eles piratearam
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu piratearia
tu piratearias
ele piratearia
nós piratearíamos
vós piratearíeis
eles pirateariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu piratearei
tu piratearás
ele pirateará
nós piratearemos
vós pirateareis
eles piratearão
Presente do Subjuntivo
que eu pirateie
que tu pirateies
que ele pirateie
que nós pirateemos
que vós pirateeis
que eles pirateiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu pirateasse
se tu pirateasses
se ele pirateasse
se nós pirateássemos
se vós pirateásseis
se eles pirateassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu piratear
quando tu pirateares
quando ele piratear
quando nós piratearmos
quando vós pirateardes
quando eles piratearem
Imperativo Afirmativo
pirateia tu
pirateie ele
pirateemos nós
pirateai vós
pirateiem eles
Imperativo Negativo
não pirateies tu
não pirateie ele
não pirateemos nós
não pirateeis vós
não pirateiem eles
Infinitivo Pessoal
por piratear eu
por pirateares tu
por piratear ele
por piratearmos nós
por pirateardes vós
por piratearem eles
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Conjugação do verbo parodiar
Ao ler um artigo num portal famoso, vi que o autor usou o verbo parodiar, na terceira pessoa, desta forma: “ele parodeia”. Achei estranho e fui conferir, e vi que a maneira correta é ele parodia.
Assim, caso mais alguém fique em dúvida, confira aqui a conjugação deste verbo, cujas formas nominais são: infinitivo, parodiar; gerúndio, parodiando; e particípio, parodiado.
Presente do Indicativo
eu parodio
tu parodias
ele parodia
nós parodiamos
vós parodiais
eles parodiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu parodiava
tu parodiavas
ele parodiava
nós parodiávamos
vós parodiáveis
eles parodiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu parodiei
tu parodiaste
ele parodiou
nós parodiamos
vós parodiastes
eles parodiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu parodiara
tu parodiaras
ele parodiara
nós parodiáramos
vós parodiáreis
eles parodiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu parodiaria
tu parodiarias
ele parodiaria
nós parodiaríamos
vós parodiaríeis
eles parodiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu parodiarei
tu parodiarás
ele parodiará
nós parodiaremos
vós parodiareis
eles parodiarão
Presente do Subjuntivo
que eu parodie
que tu parodies
que ele parodie
que nós parodiemos
que vós parodieis
que eles parodiem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu parodiasse
se tu parodiasses
se ele parodiasse
se nós parodiássemos
se vós parodiásseis
se eles parodiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu parodiar
quando tu parodiares
quando ele parodiar
quando nós parodiarmos
quando vós parodiardes
quando eles parodiarem
Imperativo Afirmativo
parodia tu
parodie ele
parodiemos nós
parodiai vós
parodiem eles
Imperativo Negativo
não parodies tu
não parodie ele
não parodiemos nós
não parodieis vós
não parodiem eles
Infinitivo Pessoal
por parodiar eu
por parodiares tu
por parodiar ele
por parodiarmos nós
por parodiardes vós
por parodiarem eles
Assim, caso mais alguém fique em dúvida, confira aqui a conjugação deste verbo, cujas formas nominais são: infinitivo, parodiar; gerúndio, parodiando; e particípio, parodiado.
Presente do Indicativo
eu parodio
tu parodias
ele parodia
nós parodiamos
vós parodiais
eles parodiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu parodiava
tu parodiavas
ele parodiava
nós parodiávamos
vós parodiáveis
eles parodiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu parodiei
tu parodiaste
ele parodiou
nós parodiamos
vós parodiastes
eles parodiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu parodiara
tu parodiaras
ele parodiara
nós parodiáramos
vós parodiáreis
eles parodiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu parodiaria
tu parodiarias
ele parodiaria
nós parodiaríamos
vós parodiaríeis
eles parodiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu parodiarei
tu parodiarás
ele parodiará
nós parodiaremos
vós parodiareis
eles parodiarão
Presente do Subjuntivo
que eu parodie
que tu parodies
que ele parodie
que nós parodiemos
que vós parodieis
que eles parodiem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu parodiasse
se tu parodiasses
se ele parodiasse
se nós parodiássemos
se vós parodiásseis
se eles parodiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu parodiar
quando tu parodiares
quando ele parodiar
quando nós parodiarmos
quando vós parodiardes
quando eles parodiarem
Imperativo Afirmativo
parodia tu
parodie ele
parodiemos nós
parodiai vós
parodiem eles
Imperativo Negativo
não parodies tu
não parodie ele
não parodiemos nós
não parodieis vós
não parodiem eles
Infinitivo Pessoal
por parodiar eu
por parodiares tu
por parodiar ele
por parodiarmos nós
por parodiardes vós
por parodiarem eles
quinta-feira, 15 de março de 2018
Conjugação do verbo premiar
Eu estava lendo um texto quando encontrei a seguinte frase: “Premeiam-se ...”. Fiquei intrigado, pois minha memória me diz que o correto seria “premiam-se”.
Assim, fui conferir a conjugação deste verbo, que coloco abaixo. Afinal de contas, o verbo premiar é bastante utilizado e esta lembrança pode ajudar muita gente.
Suas formas nominais são: infinitivo, premiar; gerúndio, premiando; particípio, premiado. Seguem as formas temporais:
Presente do Indicativo
eu premio
tu premias
ele premia
nós premiamos
vós premiais
eles premiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu premiava
tu premiavas
ele premiava
nós premiávamos
vós premiáveis
eles premiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu premiei
tu premiaste
ele premiou
nós premiamos
vós premiastes
eles premiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu premiara
tu premiaras
ele premiara
nós premiáramos
vós premiáreis
eles premiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu premiaria
tu premiarias
ele premiaria
nós premiaríamos
vós premiaríeis
eles premiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu premiarei
tu premiarás
ele premiará
nós premiaremos
vós premiareis
eles premiarão
Presente do Subjuntivo
que eu premie
que tu premies
que ele premie
que nós premiemos
que vós premieis
que eles premiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu premiasse
se tu premiasses
se ele premiasse
se nós premiássemos
se vós premiásseis
se eles premiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu premiar
quando tu premiares
quando ele premiar
quando nós premiarmos
quando vós premiardes
quando eles premiarem
Imperativo Afirmativo
premia tu
premie ele
premiemos nós
premiai vós
premiem eles
Imperativo Negativo
não premies tu
não premie ele
não premiemos nós
não premieis vós
não premiem eles
Infinitivo Pessoal
por premiar eu
por premiares tu
por premiar ele
por premiarmos nós
por premiardes vós
por premiarem eles
Assim, fui conferir a conjugação deste verbo, que coloco abaixo. Afinal de contas, o verbo premiar é bastante utilizado e esta lembrança pode ajudar muita gente.
Suas formas nominais são: infinitivo, premiar; gerúndio, premiando; particípio, premiado. Seguem as formas temporais:
Presente do Indicativo
eu premio
tu premias
ele premia
nós premiamos
vós premiais
eles premiam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu premiava
tu premiavas
ele premiava
nós premiávamos
vós premiáveis
eles premiavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu premiei
tu premiaste
ele premiou
nós premiamos
vós premiastes
eles premiaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu premiara
tu premiaras
ele premiara
nós premiáramos
vós premiáreis
eles premiaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu premiaria
tu premiarias
ele premiaria
nós premiaríamos
vós premiaríeis
eles premiariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu premiarei
tu premiarás
ele premiará
nós premiaremos
vós premiareis
eles premiarão
Presente do Subjuntivo
que eu premie
que tu premies
que ele premie
que nós premiemos
que vós premieis
que eles premiem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu premiasse
se tu premiasses
se ele premiasse
se nós premiássemos
se vós premiásseis
se eles premiassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu premiar
quando tu premiares
quando ele premiar
quando nós premiarmos
quando vós premiardes
quando eles premiarem
Imperativo Afirmativo
premia tu
premie ele
premiemos nós
premiai vós
premiem eles
Imperativo Negativo
não premies tu
não premie ele
não premiemos nós
não premieis vós
não premiem eles
Infinitivo Pessoal
por premiar eu
por premiares tu
por premiar ele
por premiarmos nós
por premiardes vós
por premiarem eles
sexta-feira, 9 de março de 2018
Falar bem o português é requisito para emprego
Caros leitores,
continuando nosso trabalho aqui de ensino da nossa língua, achei interessante uma reportagem que assisti hoje no Jornal Hoje sobre a contratação de estagiários no próximo ano por um grande número de empresas. Há vagas para até 150 mil jovens no mercado de trabalho.
Entre os pré-requisitos para as contratações, "falar corretamente", conhecer informática e estar antenado com o mundo vem em primeiro lugar.
Sem esquecer que escrever de maneira correta também é fundamental. Nessa hora, quem tem bom conhecimento da língua e sabe se expressar claramente por escrito garante o carimbo na carteira de trabalho!
Confiram mais informações no site do jornal, por este link.
***
continuando nosso trabalho aqui de ensino da nossa língua, achei interessante uma reportagem que assisti hoje no Jornal Hoje sobre a contratação de estagiários no próximo ano por um grande número de empresas. Há vagas para até 150 mil jovens no mercado de trabalho.
Entre os pré-requisitos para as contratações, "falar corretamente", conhecer informática e estar antenado com o mundo vem em primeiro lugar.
Sem esquecer que escrever de maneira correta também é fundamental. Nessa hora, quem tem bom conhecimento da língua e sabe se expressar claramente por escrito garante o carimbo na carteira de trabalho!
Confiram mais informações no site do jornal, por este link.
***
domingo, 4 de março de 2018
Conjugação dos verbos excetuar e exceder
Como explicamos no artigo anterior, é preciso ter cuidado com a grafia dessas palavras e também com seu significado. Lembro que excetuar quer dizer fugir à regra, desviar-se dela, e exceder é estar em quantidade demasiada, sobrando.
Começamos com as formas do verbo excetuar. As formas nominais são: infinitivo: excetuar, gerúndio: excetuando e particípio: excetuado. E as formas verbais são:
Presente do Indicativo
eu excetuo
tu excetuas
ele excetua
nós excetuamos
vós excetuais
eles excetuam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu excetuava
tu excetuavas
ele excetuava
nós excetuávamos
vós excetuáveis
eles excetuavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu excetuei
tu excetuaste
ele excetuou
nós excetuamos
vós excetuastes
eles excetuaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu excetuara
tu excetuaras
ele excetuara
nós excetuáramos
vós excetuáreis
eles excetuaram
Futuro do Presente do Indicativo
eu excetuarei
tu excetuarás
ele excetuará
nós excetuaremos
vós excetuareis
eles excetuarão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu excetuaria
tu excetuarias
ele excetuaria
nós excetuaríamos
vós excetuaríeis
eles excetuariam
Presente do Subjuntivo
que eu excetue
que tu excetues
que ele excetue
que nós excetuemos
que vós excetueis
que eles excetuem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu excetuasse
se tu excetuasses
se ele excetuasse
se nós excetuássemos
se vós excetuásseis
se eles excetuassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu excetuar
quando tu excetuares
quando ele excetuar
quando nós excetuarmos
quando vós excetuardes
quando eles excetuarem
Imperativo Afirmativo
excetua tu
excetue ele
excetuemos nós
excetuai vós
excetuem eles
Imperativo Negativo
não excetues tu
não excetue ele
não excetuemos nós
não excetueis vós
não excetuem eles
Infinitivo Pessoal
por excetuar eu
por excetuares tu
por excetuar ele
por excetuarmos nós
por excetuardes vós
por excetuarem eles
***
E as formas nominais do verbo exceder são: infinitivo: exceder, gerúndio: excedendo e particípio: excedido. As formas verbais são:
Presente do Indicativo
eu excedo
tu excedes
ele excede
nós excedemos
vós excedeis
eles excedem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu excedia
tu excedias
ele excedia
nós excedíamos
vós excedíeis
eles excediam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu excedi
tu excedeste
ele excedeu
nós excedemos
vós excedestes
eles excederam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu excedera
tu excederas
ele excedera
nós excedêramos
vós excedêreis
eles excederam
Futuro do Presente do Indicativo
eu excederei
tu excederás
ele excederá
nós excederemos
vós excedereis
eles excederão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu excederia
tu excederias
ele excederia
nós excederíamos
vós excederíeis
eles excederiam
Presente do Subjuntivo
que eu exceda
que tu excedas
que ele exceda
que nós excedamos
que vós excedais
que eles excedam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu excedesse
se tu excedesses
se ele excedesse
se nós excedêssemos
se vós excedêsseis
se eles excedessem
Futuro do Subjuntivo
quando eu exceder
quando tu excederes
quando ele exceder
quando nós excedermos
quando vós excederdes
quando eles excederem
Imperativo Afirmativo
excede tu
exceda ele
excedamos nós
excedei vós
excedam eles
Imperativo Negativo
não excedas tu
não exceda ele
não excedamos nós
não excedais vós
não excedam eles
Infinitivo Pessoal
por exceder eu
por excederes tu
por exceder ele
por excedermos nós
por excederdes vós
por excederem eles
Começamos com as formas do verbo excetuar. As formas nominais são: infinitivo: excetuar, gerúndio: excetuando e particípio: excetuado. E as formas verbais são:
Presente do Indicativo
eu excetuo
tu excetuas
ele excetua
nós excetuamos
vós excetuais
eles excetuam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu excetuava
tu excetuavas
ele excetuava
nós excetuávamos
vós excetuáveis
eles excetuavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu excetuei
tu excetuaste
ele excetuou
nós excetuamos
vós excetuastes
eles excetuaram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu excetuara
tu excetuaras
ele excetuara
nós excetuáramos
vós excetuáreis
eles excetuaram
Futuro do Presente do Indicativo
eu excetuarei
tu excetuarás
ele excetuará
nós excetuaremos
vós excetuareis
eles excetuarão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu excetuaria
tu excetuarias
ele excetuaria
nós excetuaríamos
vós excetuaríeis
eles excetuariam
Presente do Subjuntivo
que eu excetue
que tu excetues
que ele excetue
que nós excetuemos
que vós excetueis
que eles excetuem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu excetuasse
se tu excetuasses
se ele excetuasse
se nós excetuássemos
se vós excetuásseis
se eles excetuassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu excetuar
quando tu excetuares
quando ele excetuar
quando nós excetuarmos
quando vós excetuardes
quando eles excetuarem
Imperativo Afirmativo
excetua tu
excetue ele
excetuemos nós
excetuai vós
excetuem eles
Imperativo Negativo
não excetues tu
não excetue ele
não excetuemos nós
não excetueis vós
não excetuem eles
Infinitivo Pessoal
por excetuar eu
por excetuares tu
por excetuar ele
por excetuarmos nós
por excetuardes vós
por excetuarem eles
***
E as formas nominais do verbo exceder são: infinitivo: exceder, gerúndio: excedendo e particípio: excedido. As formas verbais são:
Presente do Indicativo
eu excedo
tu excedes
ele excede
nós excedemos
vós excedeis
eles excedem
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu excedia
tu excedias
ele excedia
nós excedíamos
vós excedíeis
eles excediam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu excedi
tu excedeste
ele excedeu
nós excedemos
vós excedestes
eles excederam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu excedera
tu excederas
ele excedera
nós excedêramos
vós excedêreis
eles excederam
Futuro do Presente do Indicativo
eu excederei
tu excederás
ele excederá
nós excederemos
vós excedereis
eles excederão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu excederia
tu excederias
ele excederia
nós excederíamos
vós excederíeis
eles excederiam
Presente do Subjuntivo
que eu exceda
que tu excedas
que ele exceda
que nós excedamos
que vós excedais
que eles excedam
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu excedesse
se tu excedesses
se ele excedesse
se nós excedêssemos
se vós excedêsseis
se eles excedessem
Futuro do Subjuntivo
quando eu exceder
quando tu excederes
quando ele exceder
quando nós excedermos
quando vós excederdes
quando eles excederem
Imperativo Afirmativo
excede tu
exceda ele
excedamos nós
excedei vós
excedam eles
Imperativo Negativo
não excedas tu
não exceda ele
não excedamos nós
não excedais vós
não excedam eles
Infinitivo Pessoal
por exceder eu
por excederes tu
por exceder ele
por excedermos nós
por excederdes vós
por excederem eles
sábado, 3 de março de 2018
Maneira correta de escrever exceção
O substantivo exceção vem do verbo excetuar. É preciso ter cuidado com grafias errôneas, como “excessão”. O verbo excetuar significa desviar-se da regra geral ou comum, não se submeter a ela.
Já a palavra excesso, que vem do verbo exceder, quer dizer demasia, o que excede, está além, sobra.
quinta-feira, 1 de março de 2018
O que significa Presunção de Inocência?
Estava pesquisando alguns assuntos na internet, quando encontrei esta expressão, Presunção de Inocência, e resolvi ler um pouco sobre ela, que é muito importante para todo cidadão e cidadã de qualquer país. Ela significa que toda pessoa é considerada inocente até que seja provada sua culpa.
Sabemos que em nosso país acredita-se popularmente no contrário, que uma pessoa é culpada até ser provada inocente, vide as inúmeras pessoas que já ficaram presas por dias, semanas e até meses numa cadeia até que descobrissem que era inocente.
Voltemos então à expressão acima: a palavra presunção vem do verbo presumir, ou seja, supor, entender, conjecturar, prever. Isto quer dizer que devemos supor que toda pessoa é inocente de qualquer coisa até que seja provado o contrário.
Duas observações: a Constituição Federal Brasileira de 1988 diz em seu inciso LVII do art. 5o que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Isto é um pouco diferente do que afirmei acima, legalmente falando.
E a segunda observação é que a Declaração Universal dos Direitos Humanos exprime algo também um pouco diferente da nossa Constituição Federal em seu Artigo XI, mas concordando com minha colocação no início, de que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário:
"1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso."
Assim, que cada brasileiro busque sempre seus direitos de cidadão, garantidos por lei.
Para saber mais sobre Presunção de Inocência, leia este artigo O Princípio da Presunção de Inocência.
E para ler a íntegra da Declaração Universal dos Direitos Humanos, clique no link.
Sabemos que em nosso país acredita-se popularmente no contrário, que uma pessoa é culpada até ser provada inocente, vide as inúmeras pessoas que já ficaram presas por dias, semanas e até meses numa cadeia até que descobrissem que era inocente.
Voltemos então à expressão acima: a palavra presunção vem do verbo presumir, ou seja, supor, entender, conjecturar, prever. Isto quer dizer que devemos supor que toda pessoa é inocente de qualquer coisa até que seja provado o contrário.
Duas observações: a Constituição Federal Brasileira de 1988 diz em seu inciso LVII do art. 5o que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Isto é um pouco diferente do que afirmei acima, legalmente falando.
E a segunda observação é que a Declaração Universal dos Direitos Humanos exprime algo também um pouco diferente da nossa Constituição Federal em seu Artigo XI, mas concordando com minha colocação no início, de que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário:
"1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso."
Assim, que cada brasileiro busque sempre seus direitos de cidadão, garantidos por lei.
Para saber mais sobre Presunção de Inocência, leia este artigo O Princípio da Presunção de Inocência.
E para ler a íntegra da Declaração Universal dos Direitos Humanos, clique no link.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Estou sem internet em casa
Caros leitores,
desculpem o inconveniente, mas estou sem internet em casa desde o dia 17/08!
Espero poder trabalhar a partir de casa semana que vem, depois de terça-feira,
e aí poderei responder a todos de maneira adequada.
Abraço,
Gentil
desculpem o inconveniente, mas estou sem internet em casa desde o dia 17/08!
Espero poder trabalhar a partir de casa semana que vem, depois de terça-feira,
e aí poderei responder a todos de maneira adequada.
Abraço,
Gentil
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Maria Bethânia cantando Castro Alves e Caetano Veloso
Conforme dissemos em nosso artigo décimo sobre versificação em língua portuguesa, Castro Alves foi chamado de “Poeta dos Escravos”, pela defesa que fez da Raça Negra no Brasil, mostrando a vergonha de manter um povo escravo nestas terras. Neste áudio que incluímos abaixo, Maria Bethânia canta um conjunto de versos do poema Navio Negreiro de Castro Alves, homenageando a Raça Negra e a música Um índio, de Caetano Veloso, em homenagem à Raça Índia, que não aceitou a escravidão, preferindo morrer a se tornar escrava. Que a Raça Índia e Zumbi dos Palmares nos sirvam de exemplos na busca da liberdade.
Incluí abaixo o poema Navio Negreiro, de Castro Alves e a letra da música Um índio, de Caetano Veloso.
***
***
Navio Negreiro
I
'Stamos em pleno mar. Doudo no espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar. Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar. Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo - o mar em cima - o firmamento.
E no mar e no céu - a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra - é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar - doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
- Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês - marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês - predestinado -
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais, inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí. Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma - lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
Adeus, ó choça do monte,
Adeus, palmeiras da fonte!...
Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
***
Um índio
Caetano Veloso
Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Incluí abaixo o poema Navio Negreiro, de Castro Alves e a letra da música Um índio, de Caetano Veloso.
***
***
Navio Negreiro
I
'Stamos em pleno mar. Doudo no espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar. Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar. Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo - o mar em cima - o firmamento.
E no mar e no céu - a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra - é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar - doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
- Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês - marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês - predestinado -
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais, inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí. Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma - lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
Adeus, ó choça do monte,
Adeus, palmeiras da fonte!...
Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
***
Um índio
Caetano Veloso
Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Gonçalo Salgueiro canta Alma Minha Gentil Que Te Partiste, de Camões
Descobri no Youtube esta bela interpretação do soneto de Camões, Alma Minha Gentil, Que Te Partiste, feita por Gonçalo Salgueiro. Não há neste mundo um povo que saiba expressar a melancolia feito nossos patrícios da Terrinha, a exemplo do fado.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Língua, com Caetano Veloso e Elza Soares
Caros leitores,
não basta saber a língua. É preciso conhecer a cultura produzida nessa língua. Por isso incluí a série de artigos sobre versificação, que traz a produção de nossos artistas, poetas, escritores, letristas.
Neste caso, trago a música Língua, de Caetano Veloso, numa interpretação ao lado de Elza Soares.
***
***
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
não basta saber a língua. É preciso conhecer a cultura produzida nessa língua. Por isso incluí a série de artigos sobre versificação, que traz a produção de nossos artistas, poetas, escritores, letristas.
Neste caso, trago a música Língua, de Caetano Veloso, numa interpretação ao lado de Elza Soares.
***
***
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Rosa de Hiroshima, por Ney Matogrosso
Como incluímos o poema Rosa de Hiroshima, de Vinícius de Moraes, em nosso curso sobre versificação, nada melhor do que apreciar agora este mesmo poema cantado por Ney Matogrosso, numa homenagem a esses artistas:
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